quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Fundamentos do Botãobol (Regra Pernambucana) PARTE II



Dando sequência às postagens sobre os fundamentos do Botãobol, a Regra Pernambucana jogada com bola de borracha, chegamos hoje considerando o início de uma partida, falando ainda sobre a posse de bola durante o jogo, o objetivo do jogo  e sobre aquele que é o principal momento de uma partida, o chute a gol.

Fazendo um breve retrospecto sobre a primeira parte, vimos as considerações sobre o campo de jogo,  onde se trava os grande duelos; A bola, que por si, caracteriza o botãobol como a regra da Bola de Borracha; As equipes, explicando a composição idêntica aos times dos gramados de futebol; O goleiro, com suas características bem diferentes do comum dos goleiros de botão; O Técnico, responsável pela criação e execusão das jogadas; A Arbitragem, encarregada de se fazer cumprir em campo o que a regra determina e finalmente, o tempo de jogo, espaço de tempo na qual se desenvolve uma partida de Botãobol.

Veja agora, como se inicia uma partida, com suas formações iniciais e tudo mais:


CAPÍTULO VIII
Do início da partida


 
Duas equipes prontas para o início de uma partida. Veja, na foto, a aplicação correta do presente capítulo

Artigo 16: Através de sorteio, será decidida qual a equipe que irá dar início à partida. Cavalheirescamente, um dos disputantes poderá abdicar do sorteio, cedendo ao adversário o direito de dar início à partida.

Artigo 17: O posicionamento das equipes para o início do jogo deverá obedecer à seguinte ordem:

a) Os goleiros deverão ficar em suas respectivas pequenas áreas, com a metade dentro do gol. A linha de referência que delimita suas duas partes superiores deverá coincidir com a linha de gol.

b) Os 05 (cinco) botões de defesa deverão ser colocados em qualquer posição de seu próprio campo, desde que fiquem da linha imaginária da intermediária para trás.

c) Os ponteiros direito e esquerdo de cada equipe se posicionam paralelamente às linhas laterais, frente a frente, afastados da linha divisória do campo, no máximo, 3 cm e tangenciando as linhas laterais ou afastados delas, no máximo, 3 cm.

d) O centro avante e os dois meias da equipe que não for dar a saída ficarão posicionados tangenciando o círculo central.

e) A equipe que der a saída de bola, posicionará um dos meias tangenciando o círculo central e o centro avante e o outro meia ficarão posicionados dentro do grande círculo tangenciando a linha divisória do campo separados, no mínimo, 2cm, um do outro. A bola colocada exatamente no ponto central do campo deverá ser tocada inicialmente pelo centro avante e a segunda jogada deverá ser feita obrigatoriamente com o meia que estiver ao lado dentro do grande círculo

Detalhe para a formação inicial do círculo central



CAPÍTULO IX
Da posse de bola

Artigo 18: A posse de bola é caracterizada pelo toque na bola feito por um botão que estiver efetuando a jogada. A jogada é definida como sendo o movimento feito por um botão quando impulsionado pela paleta do técnico, tocando ou não na bola. Se tocar na bola e a mesma permanecer no campo de jogo sem tocar por último em qualquer botão adversário, a equipe que executou a jogada ficará com a posse de bola, até o limite de 12 (doze) toques, quando então perderá a posse da mesma.

§ 1o: Após o 12o toque, a bola deverá sobrar limpa para a equipe adversária, ou seja, em condições de ser tocada por um botão da equipe adversária. Caso, após o 12o toque, a bola ficar encoberta, a equipe nova detentora da posse de bola terá direito à cobrança de um tiro livre indireto a ser efetuado no local onde se encontrar a bola.

§ 2o: A contagem do número de toques dados por uma equipe cessará todas as vezes que a equipe adversária retomar a posse de bola, desde que tenha condições de tocar na bola.

§ 3o: Caso uma equipe, antes de completar o número limite de toques, impeça que a outra possa retomar a posse e dar seqüência a jogada ( bola encoberta), não terá sua contagem interrompida e o jogo seguirá normalmente até ser atingido o limite de toques.

§ 4o: Se o 12o toque redundar num chute a gol e a bola tocar num botão do time adversário (inclusive o goleiro), saindo pela linha de fundo ou em arremesso lateral ou até mesmo a bola permanecer em campo, tendo batido por último num botão da equipe que efetuou o toque, a posse de bola passará para a equipe adversária que deverá cobrar o tiro de meta ou o arremesso lateral (no caso de saída de bola) ou dará seqüência a jogada (caso a mesma permaneça em campo), se a mesma estiver descoberta. Caso contrário, terá direito a cobrança de tiro livre indireto no local onde se encontrar a bola.

§ 5o: Se o 12o toque redundar em saída de bola pela linha de fundo da equipe executora, a reposição da bola será feita pela outra equipe através de cobrança de tiro de meta.

§ 6o: A contagem dos toques deverá ser feita, sempre em voz alta, pelo árbitro da partida, por ocasião dos jogos oficiais, enquanto que nos jogos amistosos essa contagem fica a cargo do técnico da equipe não detentora da posse de bola.

Artigo 19: Um botão não poderá dar duas jogadas consecutivas, salvo se a bola tocar em um outro botão de sua equipe ou mesmo em um botão da equipe adversária mas volte a tocar no próprio botão que efetuou a jogada. Também é considerada válida uma segunda jogada com o mesmo botão desde que o mesmo não toque na bola, perdendo, por conseguinte a posse da mesma
.


O desenvolvimento de uma jogada.


Capítulo x
Do objetivo do Jogo

Artigo 20: O objetivo final do jogo é a marcação de gols na barra adversária, sendo declarado vencedor, obviamente, o time que ao final do jogo tiver marcado o maior número de gols. Na igualdade, a partida será considerada empatada, podendo ser prorrogada ou não, ficando na dependência da regulamentação do evento.


Capítulo XI
Dos chutes a gol

Artigo 21: Os chutes a gol somente poderão ser executados no campo adversário, excetuando-se as cobranças de infrações diretas (tiros livres diretos) que poderão ser cobrados a gol em qualquer lugar do campo de jogo.

§ 1º: Para que uma equipe possa ficar em condições de chutar a gol, quando o lance é originário de um rebote de bola, depois de um chute a gol do time adversário, torna-se necessário que a equipe execute, pelo menos, uma jogada para poder então mandar o adversário colocar-se.

§ 2º: Todas as vezes que uma equipe for dar a saída de jogo, dando início ou reinício da partida, por motivo de gol ou mudança de barra, somente poderá chutar a gol com a bola fora do grande círculo, porém, caso venha a perder a posse de bola, dando chance a que o adversário possa tocá-la e, imediatamente retomar a posse de bola, poderá chutar do grande círculo.

§ 3º: Da mesma forma, o chute de dentro do grande círculo será válido se a bola for reposta em campo após a saída da mesma do campo.

§ 4º: Também poderá chutar com a bola dentro do grande círculo caso a equipe adversária cometa qualquer infração que acarrete tiro livre direto ou indireto.

Artigo 22: Todas as vezes que uma equipe for chutar a gol, seu técnico deverá dar o aviso de que vai fazê-lo, para que a equipe adversária posicione o goleiro. Somente após o técnico dessa equipe der o sinal de “pronto” é que o time atacante poderá efetuar o chute a gol.

§ 1º: Na cobrança de um pênalti, não é necessário dar o aviso de que vai chutar. Nesse caso, a equipe infratora posiciona primeiro o goleiro para a defesa e após seu técnico dar o sinal de “pronto, a equipe atacante posiciona o botão que irá cobrar o pênalti e dá seqüência ao lance.

§ 2º: O aviso de chute a gol somente deverá ser dado quando a bola estiver parada. Se isso não ocorrer, caso a jogada redunde em gol, este não será válido e será marcado tiro livre indireto contra a equipe infratora, a ser cobrado na área de tiro-de-meta.

Momento crucial do jogo: O CHUTE A GOL !!!

Hugo Alexandre de A. Oliveira
Recife, 07 de outubro do ano de 2010.



Encerramos aqui a segunda parte explicativa da Regra Pernambucana, o BOTÃOBOL.
Apesar de ser praticada apenas em Recife, qualquer pessoa, seguindo as orientações especificadas em seus fundamentos, pode por em prática o Botãobol em qualquer lugar do Brasil. Dificuldades, é claro que haverá de início, mas garanto que muitos irão gostar de palhetar com bola de borracha. 
Logo em breve, estaremos postando a terceira parte da regra. Quem quiser enviar comentários ou perguntas, estamos à disposição para ajuda-los.

Um forte abraço à todos,

Hugo Alexandre - CHELSEA FCampeoníssimo  

Um comentário:

  1. Olá pessoa como vai? Gostei muito do blog.
    Sou Ricardo do Jabulani futebol de mesa: www.jabulanifuteboldemesa.com.br
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    Aguardo.
    ricmeni@hotmail.com

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