DEFINIDO O GRUPO B. QUEM ASSEGUROU O G4 ?

Em campo, as estrelas do Chifronésio

Parece que foi ontem !

Há dois meses atrás, a Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, iniciava o maior torneio de times de chifre da terra, o III Chifronésio do Recife, a competição restrita a times dessa matéria. Sempre encantando aos amantes deste esporte, ainda hoje, times deste gênero é cobiçado pelos antigos botonistas, em muitas partes do Brasil. Relembrando os velhos tempos românticos do "jogar botão na garagem de casa", a APFM revive aquela época levando a campo, os mais belos botões de chifre, numa competição riquíssima em emoção e altamente competitiva e imprevisível.

E a imprevisibilidade realmente pairou na atmosfera da última rodada do grupo B, que tinha 5 times brigando diretamente pelas 4 gloriosas vagas do G4. Mas, antes das emoções geradas nas disputas deste grupo, quem realmente abriu a 7ª rodada do Chifronésio, foi o indefinido grupo A. No Brasília Stadium, o CHELSEA, desta louca paixão, enfrentou o CASA CAIADA, do lutador pelo futebol de mesa, Armando Pordeus. Aqui, meus caros, escrevo não como técnico dos Blues, mas como quem assistiu o desenrolar da partida: Sem ser importunado em sua meta, o Chelsea pareceu jogar em ritmo de treino, permitindo-se até o luxo de "errar" em algum lance perdido. O resultado do confronto, foi 4x0 anotado no eletrônico e uma caixa de chocolate dada de presente ao time de Pordeus !!! Valeu Armando, que sempre joga com a alegria de criança estampada no semblante!!!

A entrega do ouro e o empate de Náutico x São Paulo

Na Toca da Raposa, o NÁUTICO, de Abiud Gomes, iniciou um primeiro tempo de luxo, contra o SÃO PAULO, de Max Monteiro. Com jogadas estritamente calculadas, o time do SAMU mal tocou na bola, sendo acuado pelo jogo envolvente do Náutico. Mas... Ei !!! Alguém apagou a luz !! gente, que escuridão! o segundo tempo começou às escuras, mas calma! A escuridão foi apenas, na zaga do Náutico! Numa bobeada daquelas, o time da Conde de Irajá disse para o São Paulo: "toma... faz o teu, que eu não quero vencer"!  E aí, o São Paulo, que não é de negar presentes, foi lá e ... mexeu no placar. 1x1 e final de jogo na Toca!

No mesmo estádio, depois do apagão, a luz foi restabelecida, pelo menos no ataque do HÉRCULES, de J. Hércules Leite, que enfrentou o time estrelar do CRUZEIRO, de Marcos Securinha. Este, mesmo com sua constelação em campo, não acertou o chute e viu os espanhóis de Saint Moritz acender a torcida quando fez 1x0 e encerrou a partida. Com este simples placar, o Hércules dá uma virada na tabela, enxergando uma luz no fim do túnel para uma possível classificação, ao mesmo tempo em que coloca o Cruzeiro em situação apertada para almejar o G4.

Mesmo abrindo o placar, a virada do Hércules foi fatal para o Drico

Para encerrar as emoções deste grupo, DRICO, de Dido Caruaru, entrou em campo 2 vezes para matar a saudade do Chifronésio, aproveitando para antecipar seu jogo da próxima rodada. Pela atual rodada, o CASA CAIADA, de Armando Pordeus, foi seu adversário. Em jogo morno, de muitos erros, o placar não saiu do 0x0. Já em seu segundo duelo, contra o HÉRCULES, de J. Hércules, o Drico até mostrou sua força, ao abrir o marcador, mas acabou cedendo a virada ao time espanhol, por 2x1. 

De palheta reserva, Timão perde para a Juvi, incendiando a reta final do grupo B

E o outro lado da moeda? O tal inesperado grupo B, como foi o desfecho?

Bem, corria tranqüilamente os jogos, quando Adriano Oliveira adentrou o recinto, trazendo a maleta onde guarda seu poderoso CORÍNTHIANS. Depois de cumprimentar um a um, foi logo tratar de preparar seu time de chifre para enfrentar a JUVENTUS, de Vandré Meneses. Mas, enquanto limpava seus botões, deu falta de sua principal arma de jogo: A palheta! Resolveu então entrar em campo usando uma reserva e isto lhe custou muito caro. Com bola rolando, o Timão bem que tocou a bola, mas, faltou aquela confiança no chute, uma vez que estranhava a nova palheta. Precisa dizer o resultado? A Vecchia Signora não perdoou e venceu o timão por 1x0, no Hércules Stadium. Com esse resultado, o FLAMENGO, de Fernando Brito, que estava com grandes chances de cair para a rebarba do grupo, finalmente pode comemorar a classificação, pois nos demais confrontos, um dos outros 3 concorrentes seria inapelavelmente eliminado do G4.

Dessa vez, a palheta reserva resolveu a parada !!!

VILA BELMIRO, de Albertinho, teria seu derradeiro duelo contra o mesmo CORÍNTHIANS, de Adriano Oliveira e o INTERNACIONAL, de Paulo Jiquiá, entraria em campo contra o CORITIBA, de Cláudio Sandes, precisando vencer ou vencer. Sendo estes os dois jogos chaves para a definição do grupo B, a comissão que organiza o torneio decidiu iniciar os jogos pontualmente no mesmo horário, para evitar futuras polêmicas. No primeiro jogo, mesmo sem seu "braço direito", o Corínthians tratou de abrir o placar ainda no primeiro tempo e perseguiu a vitória durante todo o jogo, pois apenas ela lhe renderia uma das 4 vagas às finais. Ao Vila Belmiro, a derrota o incomodava, porém, se o Internacional caísse diante do Coxa, sua classificação também seria assegurada, independente da derrota frente ao Timão. Foi aí que a coisa incendiou de vez: No Hércules Stadium, o Coritiba fez um gol... dois gols... No Timbuzão, o Vila Belmiro tentava ouvir de quem eram os gritos de gol, para assim "ADMINISTRAR A DERROTA" frente ao Corínthians. De volta ao Hércules, o Inter fez o primeiro gol, mas em seguida, o Coxa fez o terceiro... 3x1 momentaneamente. Voltando ao Timbuzão, o Vila continuava administrando a derrota que lhe dava a classificação, isto porquê o Inter perdia por 3x1 no campo vizinho... Mas o Inter levantou-se e numa fantástica reação, empatou em 3x3 com o Coritiba na metade do segundo tempo. E agora? Mais um golzinho do Inter, e o Vila estava na rebarba do Chifronésio, visto que seu futebol, segundo descreviam os enviados especiais ao confronto, não redundaria numa reação frente ao placar posto pelo Corínthians. Mas o cronômetro ainda corria e tinha jogo pela frente, quando o Coxa resolveu de vez a parada, dando o golpe de misericórdia no time colorado. O grito de gol ecoou na sala, informando que o placar estava 4x3 para os alviverdes, aliviando a pressão sobre o Vila Belmiro, que ainda permanecia perdendo por 1x0 para o Timão, e sepultando o time do Internacional, na rebarba do III Chifronésio! Do lado de fora, o FLAMENGO sorria aliviado pela vaga conquistada, quando soou o cronômetro, dando números finais aos jogos e descrevendo enfim, os quatro classificados ao mata-mata final.

O jogo que selou o Inter na rebarba do Chifronesio

Ainda houve o último jogo do dia, entre os rebarbados GRÊMIO, de Dino Gonçalves e JUVENTUS, do incendiário Vandré Meneses. Este confronto, foi um prenúncio do que será a rebarba, pois já sem chances de avançar no torneio, fizeram apenas um jogo teste, sendo vencido de forma impiedosa pelo Grêmio, por 3x0, em sua primeira e atrasada vitória no torneio.

Então, depois de toda a carga de emoções nos corações que disputaram o grupo B, a classificação final escreve o CORITIBA em primeiro lugar do grupo, trazendo o CORÍNTHIANS, na segunda posição. O FLAMENGO arrancou a terceira vaga e o VILA BELMIRO entrou para o mata-mata na quarta colocação.

Agora, é hora de voltar-se para o grupo A, considerado o grupo da morte pelo número de times que disputam o G4. Neste, também são 5 os que brigam diretamente, tendo ainda um sexto time correndo por fora, ainda com chances. Logo em breve, traremos um apanhado melhor sobre este grupo, juntamente com a programação para o dia 09 de abril. Em III CHIFRONÉSIO, na guia de páginas, acompanhem o que dizem os números do campeonato, em sua classificação, artilharia e probabilidade de cada equipe.

Amigos, ficamos por aqui, pois para quem ainda briga por vaga, esta semana é de total concentração. Não dá para ficar fora desta atmosfera maravilhosa e respirar outros ares, a não ser, este, do magnífico mundo do botão... !!!

Caloroso abraço à todos!

Hugo Alexandre - CHELSEA FCampeoníssimo

CHELSEA FC e o Mundo do Botão

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